quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Língua-Seca



É preciso sentir o pulso
e acalmar o coração.
Quero ouvir estrelas
nas curvas de tua mão.

Ganho o mundo,
não fumo haxixe.
Ouço cantigas,
danço maxixe
 entre pedras
e urtigas.

Soy latino,
língua-seca nordestina.

Minha sina:
é a luta corporal
no meio de flores
e espinhos,


Venho de prosa e poesia.
Nas veias tenho o sangue
  índio-branco-negro.

No sertão esmaecem luares,
no horizonte, renascem
Corisco e Lampião.

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