domingo, 22 de março de 2015

Para Ana Cristina Cesar


Deixo corpo e alma
no silêncio das águas
e escrevo  versos
dedicados a Ana.

 A luta diária, o riso
e o pranto, soltam
as cores dos laços.

A língua é livre.
Lambe saudades,
sementes e dores.

Licores amargos,
adoçam os loucos.

Ouvem  palavras soltas
na brancura das livros.

Foge teu corpo,
liberta-se a alma.

À espera do último sol,
celebro a noite com
 taças de gelo e rum.

Qualquer hora brilha
breve, louca e leve.

Dança teu corpo longe
da poeira nos olhos.

 Poetas renascem.
Nas cinzas dos mortos,
gargalham.

Sonham nas salas
dos anjos tortos.

 

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